terça-feira, 20 de março de 2012

Paz, Amor e SOM!



Fico muito feliz quando encontro um estilo de música novo ou uma banda nova de um estilo que já conheço, por esse motivo venho trazer à vocês, nesse espaço, alguns sons que vou descobrindo no decorrer de minha trajetória por esse mundo de sons infinitos que proporcionam sentimentos igualmente infinitos.
Sejam bem vindas e bem vindos ao espaço “Paz, Amor e SOM!”

Hoje traremos a vocês dois interpretes que começaram a fazer parte de minha vida a pouco tempo, a primeira, a mais tempo, me descobriu (digo que me descobriu pois sempre digo que a música que nos encontra e nunca o contrário) à algum tempo. Dona de uma voz forte que pode estremecer até mesmo o coração mais calejado e rígido, ela tocou meu coração em uma ida ao sebo, fiquei encantado com a forma com que canta e toca seu piano. Senhoras e senhores estou falando de Nina Simone uma de nossas interpretes de hoje.

Nina Simone



Eunice Kathleen Waymon, mais conhecida pelo seu nome artístico Nina Simone -nasceu em 21 de fevereiro de 1933 e faleceu em 21 de abril de 2003- foi uma grande pianista, cantora e compositora estadunidense. O nome artístico foi adotado aos 20 anos, para que pudesse cantar Blues nos cabarés de Nova York, Filadélfia e Atalntic City, escondida de seus pais, que eram pastores metodistas. "Nina" veio de pequena ("little one") e "Simone" foi uma homenagem à grande atriz do cinema francês Simone Signoret, sua preferida.

Nina Simone também se destacou e foi perseguida por ser negra e por abraçar publicamente todo tipo de combate ao racismo. Seu envolvimento era tal, que chegou a cantar no enterro do pacifista Martin Luther King. Casada com um policial nova-iorquino, Nina também sofreu com a violência do marido, que a espancava.

Em um breve contato com sua obra, aqueles que não conhecem percebem logo a diversidade de estilos pelos quais Nina Simone se aventurou, desde o gospel, passando pelo soul, blues, folk e jazz. Foi uma das primeiras artistas negras a ingressar na renomada Juilliard School of Music, em Nova Iorque. Sua canção “Mississippi Goddamn” tornou-se um hino ativista da causa negra, e fala sobre o assassinato de quatro crianças negras numa igreja de Birmingham em 1963.

Nina esteve duas vezes no Brasil, gravou com Maria Bethania e seu último show ocorreu em 1997 no Metropolitan. Era uma intérprete visceral, compositora inspirada e tocava piano com energia e perfeição. Morreu enquanto dormia em Carry-le-Rouet em 2003.





Pelo nosso outro interprete, fui apresentado por outro grande interprete o rapper Criolo, não pensem que conheço o Criolo é que em seu disco "Nó na orelha" ele cita o nome de nosso interprete, o nome dele é Fela Kuti. Com seu estilo nada convencional, em relação aos vendedores de discos da época, Fela Kuti foi um grande inovador da música do continente Africano com o seu Afrobeat Fela traz um som que mistura o funk e o jazz com elementos da música Africana. Filho de ativistas pelos direitos dos negros na Nigéria, seu país de origem, Fela trazia em sua música toda essa bagagem e fazia isso de forma genial.

Fela Kuti

 
O estilo musical de Fela Kuti é chamado Afrobeat, o que essencialmente é uma fusão de jazz, funk e cantos tradicionais africanos. Possui percussão de estilo africano, vocais e estrutura musical que passa por jazz e seções de metais funky. O "endless groove" também é usado, com um ritmo básico com baterias, muted guitar e baixo que são repetidos durante a música. Essa é uma técnica comum na África e em estilos musicais influenciados por ela, como o funk e o hip-hop. Alguns elementos presentes nas músicas de Fela são chamados de call-and-response (chamada e resposta) com o coro e alguns simples mas significativos rifes. A música de Fela quase sempre tem mais do que dez minutos, alguns atingindo a marca de vinte ou trinta minutos. Essa é uma das muitas razões que sua música nunca atingiu um grau de popularidade substancial fora da África. Sua música era mais tocada em línguas nigerianas, além de algumas músicas tocadas em Yoruba. Os principais instrumentos de Fela, era o saxofone e o teclado, mas ele também tocava trompete, guitarra e ocasionalmente solos de bateria. Fela se recusava a tocar músicas novamente após já tê-la gravado, o que por sua vez retardou sua popularidade fora da África. Fela era conhecido por sua performance, e seus concertos eram tidos como bárbaros e selvagens. Ele referencia sua atuação como um jogo espiritual underground.
Confiram a baixo um pouco mais da história de vida e da música de Fela Kuti.

 


Nenhum comentário:

Postar um comentário