terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Universidade de Aveiro disponibiliza livros sobre africa e oriente online.


A Universidade de Aveiro, através do projeto "Memória de África e do Oriente", tem já online mais de 2500 obras, referentes à história dos países de Língua Portuguesa, durante a administração colonial.

O projeto, que existe desde setembro de 1996, é executado pela Universidade de Aveiro e pelo Centro de Estudos sobre África e do Desenvolvimento (CESA) de Lisboa e tem contado com a participação de instituições de Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Goa.
No site, com o endereço http://memoria-africa.ua.pt, além de registos bibliográficos para orientação de investigadores e curiosos, estão agora disponíveis e com livre acesso obras digitalizadas que vão desde livros da escola primária do tempo colonial, a relatórios de antigos governadores das então colónias e outros documentos oficiais.
Entre outras "preciosidades" já digitalizadas contam-se os três volumes da "História Geral de Cabo Verde", várias obras do cientista e poeta cabo-verdiano João Vário, toda a coleção do Boletim Geral das Colónias, a revista do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa de Bissau Soronda (1986-2009), o Boletim Cultural do Huambo em Angola, e "O Oriente Português", da responsabilidade da Comissão de Arqueologia da Índia Portuguesa, publicado entre 1905 e 1920 e retomado entre 1931 e 1940.
De acordo com Carlos Sangreman, da Universidade de Aveiro, o projeto "Memória de África e do Oriente" em dezembro atingiu 353.991 registos bibliográficos e 343.819 páginas digitalizadas e a base de dados já vai ser acrescentada.
"Temos trabalhado com muitas instituições portuguesas, sendo a ultima a Biblioteca Nacional que nos disponibilizou 67 mil registos que irão ser colocados na base à medida que formos conseguindo compatibilizar o formato", esclarece aquele responsável.
A "biblioteca digital" permite já ler através da internet obras digitalizadas de Angola, Cabo Verde, Goa, Guiné, Macau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor, acervo que pode ser enriquecido se os particulares que possuem obras em casa facultarem a sua digitalização ou referenciação.

Segue o link: http://memoria-africa.ua.pt/introduction/tabid/83/language/pt-PT/Default.aspx

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013


Terror
Gilberto estava em sua casa quando teve uma vontade enorme de assistir um filme de terror, mas teria que ser um filme com todos os clichês possíveis, com pessoas entrando em quartos escuros, correndo muito sem sair do lugar e acabando na frente do assassino, gritos e é claro muito sangue. Ele ficou com esse pensamento durante boa parte do seu dia, mas logo ele se modificou, começou a pensar como seria se algo assim acontecesse na vida real, qual seria a reação das pessoas a uma situação de total terror e medo, porém assim como o primeiro pensamento esse também passou e Gilberto seguiu com seus deveres diários.
Dois  dias se passaram, e uma notícia chamou a atenção de Gilberto, um casal havia sido brutalmente assassinado e não houve nenhum vestígio do criminoso, aquilo congelou a alma dele de tal maneira que resolveu verificar as notícias na internet para saber mais.
Entre algumas pesquisas ele descobriu que a casa onde o casal havia sido morto já foi o local de outro crime. No final dos anos 80’s outro casal foi assassinado da mesma forma, tiveram as cabeças e as mãos arrancadas, e seus corpos estavam cortados ao meio, a julgar pela crueldade dos ferimentos as investigações concluíram que seria um ritual ou algo assim e não investigaram mais. Depois de ler aquela noticia seu coração, que já estava petrificado, ficou ainda mais gelado e o medo começou a tomar conta dele. De alguma forma ele se sentia interligado com aquela história, e por ter esse sentimento foi ver o local do crime pessoalmente.
Chegando lá percebeu que o local estava vazio, apenas com as fitas de isolamento da policia em volta da casa, uma casa grande, em volta havia um canteiro com flores mortas em um quintal que tinha arvores grandes e muitas folhas no chão. Gilberto entrou e logo viu o rastro de sangue que ia da porta até a sala. Assim que entrou ele sentiu o clima de horror e morte no ambiente, conseguia sentir o desespero que houve naquela casa, conforme ia andando via os rastros que toda a crueldade deixou. Mas havia algo estranho, parecia que ele já conhecia o lugar, mas não como um déjà-vu, e sim como se ele realmente já estivesse lá, como se todo aquele medo fizesse parte dele. Subiu até o quarto do casal e viu mais uma vez sangue por toda a parte, e mais uma vez aquela sensação de que já havia estado lá e tudo aquilo era muito familiar voltou, e depois de deixar o quarto começou a lembrar, do porque que se sentia parte daquele cenário. E como uma correnteza as lembranças vieram todas de uma vez, tudo que foi vivido ali estava de volta a mente como se tivesse acontecido no mesmo dia.
Gilberto se lembrou que estacionou o carro em frente a casa cinco dias atrás, que abriu o porta malas e tirou primeiro a mulher, ela se debatia mesmo com as mãos e os pés amarrados, mas não deu trabalho para levar para dentro da casa, mas o homem sim esse deu trabalho, além dele ser grande e forte estava com muita raiva por tudo que estava acontecendo o que dificultou o transporte dele até a casa.
O resto não foi tão difícil, depois que colocou os dois no quarto e começou a cortar a pele das costas dos dois, os gritos começaram a encher a casa, e Gilberto gostava, a cada grito a cada pedido para ele parar, ficava mais e mais animado.
Gilberto saiu por uma hora e deixou os dois sozinhos, quando voltou estavam quase no meio da sala. Aquilo o deixou muito furioso, dessa forma resolveu punir os dois pelo que haviam feito. Começou com o homem, com uma tesoura de jardinagem ele corta lentamente os pés dele, as mãos foram por puro capricho, pois ele já estava desmaiado, mas a mulher gritou muito enquanto Gilberto cortava os membros do homem, e isso sim o deixou feliz.
A mulher foi a mais divertida pra ele, porque ela já estava abalada por conta da morte de seu marido. Gilberto colocou a mulher ao lado do homem e começou a cortar seu corpo lentamente, o sangue jorrava a satisfação dele era evidente. 

No final, parecia que nada daquilo tinha sido o suficiente, nada daquilo havia suprido a sua necessidade, sendo assim ele deixa a casa e o rastro de sangue e morte para trás.

E num lampejo, todas essas imagens encheram a cabeça de Gilberto todas de uma vez como se essas imagens passassem aceleradas em uma tela, ele suava e gritava tão alto que acabou acordando sua esposa que o sacudia e gritava seu nome para que acordasse. 
Sim era tudo um sonho, tudo uma peça pregada pela sua mente, algo criado pelo subconsciente dele que colocou seus desejos em imagens para que possa desistir ou até criar coragem para poder fazer na vida real cada parte daquele sonho.

Escrevi essa história porque tive um sonho muito parecido com ela, e fiquei com vontade de escrever, dividir com vocês algo que veio até mim de uma forma tão inusitada e diferente de tudo que já escrevi. Mas não se preocupem eu nunca faria uma coisa parecida com essa nem em sonho...